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Como o Na Lousa começou + 7 dicas para você começar também!

Atualizado: 11 de mar. de 2020


Hoje é um dia muito especial pra gente e pra vocês, pois este é o primeiro de muitos posts que faremos aqui!

Sempre foi nosso desejo compartilhar um pouco da nossa história, do nosso dia a dia e achamos que o blog pode ser o canal perfeito para isso.

Para o primeiro o post, escolhemos um assunto que pode ajudar quem está pensando em iniciar no mundo das letras, seja como hobby, seja profissionalmente.

Para isso, decidimos contar um pouco sobre a história do Na Lousa, pois você pode se identificar e se inspirar!


Para quem não sabe, eu (Dani) e o Rafa nos conhecemos na faculdade de arquitetura. Nos formamos em 2011 e logo em seguida abrimos nosso escritório de arquitetura, o Das Archi.


Desde aquela época, já sonhávamos em ter nosso próprio negócio, então pedimos para usar uma sala que tinha em cima do restaurante do meu pai, colocamos duas mesas, decoramos com algumas prateleiras e pintamos uma parede de preto, pois queríamos ter uma lousa, que além de decorar com baixo custo, ela servia para cronogramas de projetos e obras, croquis e também para o Rafa ter os devaneios dele. Como assim Dani?


Sim, na época eu não entendia muito bem também pois enquanto eu estava na frente do computador desenhando os projetos no Autocad, ele tinha longos momentos apenas desenhando na lousa, soltando a mão, como ele mesmo fala. Sabe aquele colega de escola que ficava desenhando enquanto o professor explicava a matéria? Então, o Rafa é esse colega.

Depois de um tempo eu descobri e entendi que isso faz parte do processo criativo dele e que não havia mal nenhum nisso.

Bom, voltando à lousa do escritório. O Rafa começou a fazer diversos desenhos na lousa, frases, músicas, desenhos e despretensiosamente, postava em seu instagram pessoal.




Um certo dia, um amigo ligou pro Rafa, contando que a loja da família dele, havia sido assaltada pela segunda vez, e quebrado um vidro enorme que tinha na vitrine. Como esse vidro iria demorar dias pra ficar pronto e eles estavam bem chateados com tudo isso, tiveram a grande ideia de escrever um protesto no tapume que substituiria o vidro, enquanto não ficava pronto. E ai surgiu o primeiro trabalho do Na Lousa, que nem era Na Lousa ainda.


O tapume tinha 4 metros de altura e sim, o Rafa não tinha nenhuma experiência com murais. Não existia nenhum Instagram da área para gente tirar dúvida e nem sequer sabíamos o que era "Lettering". Na raça e na coragem, ele fez um estudo em escala (como somos arquitetos, isso foi tranquilo pra gente) e aos poucos, com régua e trena começou a passar a arte para o tamanho real.

Foi um grande desafio mas não tinha como voltar atrás. O desafio foi enfrentado e a satisfação de ver o trabalho pronto superou tudo.

E depois disso, vários amigos começaram a encomendar quadrinhos para presente, para eventos, para decor, etc.




E aí, o Rafa parou, me chamou e falou: "Preciso de um nome".Sim, ele precisava de um nome profissional, pois ele queria fazer um instagram só para postar os trabalhos. Ele me falou uma dezena de nomes não muito legais e eu olhei pra ele e falei: "Na Lousa!" E foi assim que surgiu nosso nome, afinal acho que não dava para ser diferente.

O Na Lousa começou a crescer espontaneamente no Instagram, pois além dos trabalhos para os amigos-clientes, o Rafa postava artes na lousa com vários tipos de frase, assim ele foi criando um portfólio com artes próprias e sem ter muitos clientes, afinal eram só nossos amigos.

Nessa época, o Das Archi estava com pouco trabalho e eu fui trabalhar em um escritório de arquitetura com carteira assinada e tudo.

Aos poucos, o Na Lousa começou a alcançar outros trabalhos, para casamentos, decoração, presentes até que um dia, nos demos conta que o Rafa não conseguia mais dar conta de tudo! Ele estava em cima da escada fazendo uma arte e recebia ligações de clientes cobrando orçamentos. Nos deparamos com um bom problema a ser resolvido.

A partir desse momento e depois de muita conversa, decidimos que eu integraria ao Na Lousa, para poder ajudar o Rafa a dar conta de tudo e fazer o Na Lousa crescer mais.

E aí voltamos a ser sócios. Eu cuidando principalmente de emails, telefones e ele tranquilo para fazer as artes.

Algumas vezes, eu até ajudava ele em algumas paredes grandes. Ele fazia toda parte do giz e eu ajudava na hora da Posca, mas com o tempo eu percebi que não gostava de parede, me assustava.



Não é porque outras pessoas fazem que a gente tem que se obrigar a fazer também. A gente tem que respeitar nossas sensações e nosso corpo. Então aprendi que meu lugar era no papel e hoje em dia trabalhamos juntos na concepção dos estudos de cada lousa.

O Na Lousa cresceu mais do que imaginávamos. Virou empresa, com CNPJ, emissão de nota fiscal, tudo isso aprendido na raça, pesquisando e vendo vídeo no Youtube.

Nos últimos 3 anos tivemos mais de 300 trabalhos executados para residências, para empresas e grandes marcas nacionais e multinacionais.

Em 2017, descobrimos que podíamos passar um pouco do que havíamos aprendido e começamos a dar Workshop. Foi um passo enorme e muito enriquecedor para gente, pois começamos a ter contato com vocês, trocar experiências, transformar vidas e mais do que nunca enxergar o lettering como uma profissão.

Nós amamos o lettering, amamos nosso dia a dia e amamos o que fazemos e isso é o que importa.



"Ta bom Dani! Mas e eu? Como eu, aspirante do lettering, em pleno 2019, posso começar e ter sucesso nessa área?"


Eu contei toda nossa historia e grifei todos os pontos importantes que você deve ter como lição e tomar nota:

1. Ter uma lousa em casa: Gente, é sério. Esse é o primeiro passo para você começar a ter contato com paredes.


2. Soltar a mão despretensiosamente: Risque, rabisque, não pense no resultado final e sim no processo. Faça e apague quantas vezes precisar. Isso é libertador!


3. Ter coragem: Pra tudo na vida né mores? Se não arregaçarmos as mangas e enfrentarmos os desafios da vida, não sairemos nunca do lugar.


4. Quem tem amigos, tem tudo! (família também funciona): Comece divulgando seu trabalho para eles. Ofereça um quadro para o casal que vai casar ou dê de presente uma lousa para um primo que ama viajar... eles vão amar, vão compartilhar nas redes sociais deles e os amigos dos seus amigos também vão amar é assim que a coisa funciona.


5. Fazer um Instagram como portfólio: Hoje em dia o instagram é o cartão de visita de toda marca e empresa. Eu pelo menos sempre pesquiso o Instagram do serviço ou loja antes de comprar. Então foque nisso, tenha um feed atraente e atualizado!


6. Entender a sua área e o que você realmente gosta: O lettering proporciona trabalhar em diversas áreas e isso pode ser assunto de outro post, mas o mais importante aqui é entender que não é porque todo mundo faz artes em paredes que eu também tenho que fazer. As vezes, você pode descobrir que seu negocio é fazer lettering em canecas, ou fazer lettering para campanhas publicitárias. Enfim, experimente e abra seus horizontes.


7. Ser profissional: Não adianta nada dominar a brush pen ou fazer paredes de 5 metros e não ter profissionalismo. E ser profissional não quer dizer especificamente em abrir uma empresa (isso pode ser mais pra frente de acordo com sua necessidade), ser profissional diz respeito desde a sua postura em relação aos que querem sua arte, fazer um cartão de visitas (físico), fazer um orçamento formalizado, fazer um contrato para os clientes, etc. Sim, pode acreditar isso tudo faz muita diferença!


É isso gente! Espero de coração que tenham gostado do primeiro post no blog e ficaremos super felizes de saber a opinião de vocês, pode ser aqui nos comentários, no instagram, no email, ou onde vocês quiserem.

Sugestões de posts também são super bem-vindas.


Um beijo

Dani


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